Projeto de melhoria do Dique de Ituberá

 

AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA ÁGUA DO DIQUE DO TORORO, SALVADOR, BA

 

1. Departamento de Geoquímica, Universidade Federal da Bahia / UFBA

 

 

 

NTRODUÇÃO:O Dique do Tororó é um corpo hídrico, situado na cidade do Salvador, Bahia, construído pelos Governos Gerais, entre o final do século XVII e o meado do século XVIII. Localizado numa área central da cidade, que por sua vez, está cercado por um conjunto de bairros de baixa renda, é também utilizado como área de lazer pelos diversos segmentos sociais. Desse modo, torna-se um espaço de múltiplo uso de diversas atividades de entretenimento e subsistência, como a pesca. Diante disso, é de suma importância uma caracterização ambiental de uma área de uso público da cidade e que está inserido na dinâmica metropolitana. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar a qualidade da água do Dique do Tororó, devido há atividade de pesca existente no local. Foram obtidos valores dos parâmetros físico-químicos, tais como: pH, Eh, condutividade, temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, e químicos como: fósforo total, carbono orgânico particulado e sulfato. Compararam-se os valores encontrados com os existentes no CONAMA.

METODOLOGIA:Foram estabelecidas 20 estações de amostragem para coleta de água. Em cada estação foram determinados in situ parâmetros físico-químicos (e.g. Eh, pH, salinidade, temperatura, oxigênio dissolvido-OD). As amostras coletadas foram encaminhadas para o Laboratório de Estudos Biogeoquímicos de Manguezais do Núcleo de Estudos Ambientais do Departamento de Geoquímica da UFBA para as análises de fósforo total, carbono orgânico particulado (COP) e sulfato. O fósforo total foi determinado segundo método Grasshoff (1999) e Aspilla et al. (1976). A leitura foi realizada no espectrofotômetro modelo Varian Cary 50 Probe com o comprimento de onda em 880 nm. O carbono orgânico particulado foi determinando pelo método do dicromato (STRICKLAND e PARSONS, 1972), onde a amostra foi tratada com solução de K2Cr2O7. A leitura foi realizada no espectrofotômetro modelo Varian Cary 50 Probe com o comprimento de onda em 440 nm. O sulfato seguiu a metodologia do APHA, 1995, onde a amostra foi lida em espectrofotômetro no comprimento de onda de 420nm. Os resultados laboratoriais das análises de fósforo total, carbono orgânico particulado e sulfato foram comparados com os valores limites estipulados pelo CONAMA 357/2005.

RESULTADOS:As amostras de água coletadas das 20 estações apresentaram os seguintes valores físico-químicos: pH (5,4 - 8,5), Eh (-48 - 113 mV), Temperatura (29,9 - 31,7°C), Condutividade (23,8 - 40,0 µS.cm-1) e OD (3,70 - 7,10 mg.L-1). Foram determinadas as concentrações de COP (2,85 - 13,80 mg.L-1), assim como os teores de Sulfato (4,25 - 12,54 mg.L-1) e Fosfato (0,014 - 0,051 mg.L-1). Segundo resolução 357/2005 do CONAMA, a água do Dique do Tororó classifica-se como água doce do tipo III. Os valores definidos por essa resolução são: pH (6,0 - 9,0), OD (> 4,0 mg.L-1), Fósforo (< 0,05 mg.L-1 P) e Sulfato Total (< 250 mg.L-1 SO42-). Nota-se que os teores encontrados na Lagoa do Dique do Tororó apresentam-se abaixo dos valores sugeridos pelo CONAMA. A Estação 20, foi a única exceção, pois apresentou um valor de pH abaixo do recomendado (5,73) e uma concentranção de Fósforo Total no limite recomendado (0,051 mg.L-1 P). A causa pode ser atribuída à uma tubulação de esgoto próxima ao ponto estudado. O Eh encontrado nas estações mostram um ambiente redutor, pois a maioria das estações apresentam valores negativos. Foi realizada uma matriz de correlação com parâmetros analizados, onde somente o COP e o fósforo apresentaram uma correlação positiva (r=0,6) indicando uma origem comum.

CONCLUSÃO:

Os parâmetros analisados neste trabalho apresentaram-se, de modo geral, dentro dos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/05. Os parâmetros físico-químicos medidos in situ apresentaram pouca variabilidade entre os pontos amostrados, porém o fosfato, o Carbono orgânico particulado e o sulfato apresentaram uma maior variabilidade entre os pontos, provavelmente associados a fontes de lançamentos de esgotos na lagoa do Dique do Tororó. Mais estudos devem ser feitos para determinar um padrão de distribuição dos parâmetros analisados (i.e. sazonalidade) e assim inferir os componentes que interferem nas suas concentrações.

DIQUE DO TORORÓ – OS ORIXÁS

 

Dique do Tororó - Medidas: comprimento: 1.027 mts.
Larguras: de cima para baixo: 130-196-166-50 mts.

 

O Dique do Tororó é uma lagoa artificial hoje com os seguintes limites: à esquerda o bairro do Tororó; 
à direita, o bairro de Brotas e seus diversos distritos; ao norte pelo então Estádio Otávio Mangabeira 
(Fonte Nova) e ao sul pelo bairro do Garcia।

 

Dique do Tororó – sinalizado com a seta
Foto aérea – Ainda estava de pé o Estádio Otávio Mangabeira
Via satélite- quase do mesmo ângulo

Possui cerca de 25 mil metros quadrados com profundidade variavel entre 5.60 metros (máxima) 
e mínima de 2.60 metros. Já foi mais fundo, em torno de 7 metros. Nessa época tinha até jacaré e 
diversas variedades de peixe. Consequentemente, não era poluído. Boa parte da população vizinha
 ao local bebia de sua água. A sua márgem direita olhando-o à partir do estádio, era cheia de hortas o
nde a população se abastecia e muitos lavavam a roupa

 

 

Lavadeiras do Dique

Usina Geradora do Dique – 1926 – Vista na foto anterior na margem contrária
Diz-se que os governos da época tentaram por muitas vezes bombear sua água para abastecimento da cidade. 

Uma dessas estações, ficava no bairro de Nazaré.
 

1971 – como era nessa época।

 

 

Fontes com estudo completo:

 

https://salvadorhistoriacidadebaixa.blogspot.com.br/2011/06/dique-do-tororo-os-orixas.html